quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Senador Aécio Neves sinaliza endurecer relações com países produtores de drogas


Aécio sinaliza endurecer relações com os países produtoraes de drogas


Aécio sinaliza endurecer relações com países produtores de droga

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Candidato destaca que o principal alvo da estratégia deve ser a Bolívia e que a gestão petista assiste ao crescimento da violência


DA REDAÇÃO


O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira (17), que deverá rever as relações diplomáticas com países produtores de droga, destacando que o principal alvo da estratégia deve ser a Bolívia, mas citando também Colômbia e Paraguai. A sinalização foi feita em encontro com mulheres tucanas, no diretório estadual da legenda na Capital.

"Nós sabemos que as drogas e as armas que matam no Brasil não são produzidas aqui, são produzidas aqui ao lado, tem uma coisa que ninguém tocou ainda que eu estou tocando e no primeiro momento que falei isso as pessoas se surpreenderam, que é a Bolívia. Vamos por o dedo na ferida", afirmou, destacando que a Bolívia produz hoje quatro vezes mais cocaína do que consome. "E produzem com a complacência, conveniência e vistas grossas do governo de lá."

Aécio criticou o governo do PT, dizendo que a gestão petista assiste ao crescimento da violência e criminalidade e financia obras nesses países. "Não faremos parceria e nem daremos financiamento a países que não tenham programa de inibição da produção de drogas", disse, reiterando que não se pode fazer vistas grossas a este tema e dizendo que no governo petista, "o BNDES está volta e meia dando financiamento a esses países".

O tucano reconheceu que existe uma relação de solidariedade com essas nações, mas que só será mantida a partir do momento em que tenham responsabilidade. "No meu governo só vai haver relação com esses países quando eles tiverem a responsabilidade de inibir o cultivo, seja da matéria prima, da maconha ou da própria droga."

Após o evento, o candidato do PSDB à Presidência da República voltou a tocar no tema, dizendo mais uma vez que o Brasil tem um número grande de parcerias com esses países e não cobra, em contrapartida, nenhuma ação efetiva para coibir a produção de drogas, "que atravessam as fronteiras do País de forma absolutamente livre para matar vidas". E reiterou: "Temos de tratar segurança pública num plano mais amplo, com controle mais efetivo das fronteiras e também numa relação diferenciada com os países produtores de drogas."

O tucano disse que se eleito não concederá financiamento e nem estabelecerá parcerias com países que não tiverem internamente um programa confiável de diminuição e inibição da produção de drogas. "Estou sinalizando de forma muito clara, nós vamos ter uma conversa no nível diferenciado com os países que aceitam a produção ou de drogas ou de matéria prima de drogas em seu território. Chega de fazermos vistas grossas."

Segundo ele, o número de dependentes do crack chega a 1 milhão. "A matéria prima disso tudo não é feita no Brasil, vamos conduzir uma política externa não para ser gostado pelos países vizinhos, como fez o PT, pelos menos em relação a alguns deles, mas para ser respeitado por esses países." E voltou às críticas ao governo petista: " Não irei terceirizar responsabilidades, o atual governo assiste ao crescimento da criminalidade, da violência, terceirizando responsabilidades e não executando o orçamento de segurança pública. No meu governo vai ser diferente." Agência Estado

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