segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Anvisa fixa prazo de 10 dias para avaliar pedidos de uso emergencial de vacinas



Em nota, o órgão disse que trabalhará em tempo integral, inclusive nas semanas de Natal e ano novo, para analisar autorizações
Por ESTADÃO CONTEÚDO
14/12/20 - 16h32
https://www.otempo.com.br/

A Anvisa tem sido pressionada para dar uma resposta ágil na liberação de vacinas

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta segunda-feira, 14, que estabeleceu prazo de 10 dias para avaliar pedidos de uso emergencial de vacinas contra a covid-19. Em nota, o órgão disse que trabalhará em tempo integral, inclusive nas semanas de Natal e ano novo, para analisar autorizações de importação, certificar linhas de produção e autorizações sobre uso de vacina.

"Se todos os documentos necessários tenham sido submetidos à Anvisa pelos fabricantes da vacina, a Anvisa estima que o prazo de até 10 (dez) dias para concluir a avaliação quanto à autorização de uso emergencial, desde que sejam vacinas das empresas que venham apresentando dados para Anvisa e possuem ensaios clínicos em condução no Brasil", disse a agência.

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Não havia prazo estabelecido para avaliação de pedidos de uso emergencial de vacinas, mas a agência já esperava se manifestar antes dos 60 dias previstos para avaliação de registro de produtos contra a covid-19.

A Anvisa tem sido pressionada para dar uma resposta ágil na liberação de vacinas. A agência, porém, ainda não recebeu pedidos de uso emergencial. Apenas empresas que têm estudos finais de desenvolvimento de imunizantes no Brasil (fase 3) podem pedir esse aval. A aplicação emergencial deve ser feita no SUS, em grupos restritos, como de idosos ou profissionais de saúde.

Há quatro vacinas com testes de fase 3 em andamento no País: o modelo desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade Oxford, a da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a das americanas Pfizer e BioNTech, além da vacina da Janssen-Cilag (Jhonson & Jhonson).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Brasil é o pais onde mais se recebe ligações indesejadas; média é de 50


Das chamadas, alega a empresa, 48% são tentativas de golpe, 42% telefonemas realizados por serviços financeiros, 6% operadoras de telecomunicações e 4% são de atendentes de telemarketing
Por DA REDAÇÃO
09/12/20 - 17h46
https://www.otempo.com.br/

Das chamadas, alega a empresa, 48% são tentativas de golpe, 42% telefonemas realizados por serviços financeiros, 6% operadoras de telecomunicações e 4% são de atendentes de telemarketing

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Brasil é o país onde mais se recebe ligações telefônicas indesejadas, classificadas como “spam”. A informação é de um relatório da empresa Truecaller, especializada em verificação de números de telefone, que apontou que, em média, o brasileiro recebe 49,9 chamadas de spam por mês – quase duas por dia.

O relatório diz ainda que, neste ano, houve aumento de 9% das ligações indesejadas no Brasil em relação ao mesmo período de 2019. Contudo, os golpistas “ganharam” neste ano, ante larga vantagem de ligações feitas por operadoras de telefonia no ano passado.

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Depois do Brasil, os Estados Unidos figuram como segundo país com mais ligações indesejadas – com média mensal de 28,4 – e o pódio do incômodo é completado pela Hungria, que tem média de 28,3 ligações por mês.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Hackers vazam contratos sobre Super Tucano e até 'lista de churras' da Embraer



Depois do ataque, foram divulgadas nomes e telefones de funcionários, orçamentos e detalhes da venda de aviões militares
Por FOLHAPRESS
08/12/20 - 16h19
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Embraer

Foto: Roslan Rahman/AFP

Hackers publicaram na internet uma série de arquivos atribuídos à Embraer. Há relações com nomes e telefones de funcionários, orçamentos, correspondências com detalhes da venda de aviões militares do modelo A-29 Super Tucano e até informações prosaicas, como a lista dos que pagaram R$ 37,92 para participar do "churras dos parças".

Os documentos foram vazados na chamada deep web, uma parte da internet que fica oculta, não indexada em sites de busca, como o Google.

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Em 30 de novembro, a Embraer divulgou em fato relevante informando ao mercado que fora alvo de um ataque cibernético, no dia 25 daquele mês, e ele teria resultado na divulgação de dados "supostamente atribuídos à companhia".

O vazamento foi provocado por um grupo que faz ataques do tipo ransomware, uma espécie de sequestro digital em que se exige pagamento para a liberação de sistemas ou para evitar o vazamento dos dados. A empresa não teria pago a quantia solicitada, por isso os dados foram publicados.

No comunicado, a empresa detalha que o ataque "indisponibilizou o acesso a apenas um único ambiente de arquivos da companhia", em outras palavras, os hackers teriam sequestrado e bloqueado o acesso àqueles dados.

A reportagem analisou os arquivos vazados. São quatro grandes pastas com mais de 200 documentos. A pasta com o título "Pessoas" traz várias tabelas em Excel com dados de funcionários, como nome, CPF, telefone e data de aniversário (dia e mês de nascimento).

A reportagem pesquisou a relação na rede social profissional LinkedIn e identificou que várias delas apresentam a Embraer em seus currículos.

O vazamento desse tipo de dado pode ser acessado por terceiros e comercializado ilegalmente na internet. Criminosos também podem usá-los como engenharia social, para extorquir as pessoas ou chantageá-las.

Em uma das pastas há 22 PDFs detalhando o "Nigeria Program". Outra pasta traz, por exemolo, subcontratos de cadeia de suprimentos e uma chamada "Alinhamento BARCO". Há também fotos com imagens do interior de uma cabine de avião.

O "programa Nigéria" é um acordo comercial com o país africano envolvendo a venda do A-29 Super Tucano.

O site da empresa informa que esse modelo de aeronave já foi selecionados por 15 forças aéreas no todo mundo. A FAB (Força Aérea Brasileira) utiliza o Super Tucano, que é o seu principal caça de ataque leve.

Há troca de cartas em inglês com fornecedores ligados ao avião militar e regulamentos exigindo confidencialidade entre diferentes empresas.

Em abril deste ano, a Embraer e a empresa Sierra Nevada Corporation, que aparece nos documentos vazados na internet, anunciaram que o primeiro Super Tucano da Força Aérea da Nigéria completou seu voo inaugural na fábrica de Jacksonville, na Flórida (EUA).

A Força Aérea da Nigéria encomendou 12 aeronaves do tipo. Os aviões A-29 Super Tucano destinados ao país têm entregas previstas para 2021, de acordo com o site da companhia.

Entre os dados vazados pelos hackers estão até detalhes sobre encontros de confraternização. No caso do "churra dos parças", há uma lista com 36 nomes, o número de crianças participantes, o local do evento em São José dos Campos, onde há uma unidade da empresa, além de observações como quem não pagou e o cardápio, que inclui costela no chão.

Procurada pela reportagem, a Embraer não se pronunciou até a publicação deste texto.

A Lei Geral de Proteção de Dados, em vigor desde setembro, determina que vazamentos sejam publicados por empresas em comunicados oficiais. Elas também devem notificar os titulares de dados cujas informações circularam na internet.

A lei prevê que as empresas podem ser penalizadas com multas de até R$ 50 milhões, a depender do caso, por não protegerem adequadamente dados de seus funcionários e clientes. Sanções só estão previstas para agosto de 2021.

No comunicado divulgado no final de novembro, a Embraer destacou que "a companhia está empreendendo todos os seus esforços para investigar as circunstâncias do ataque, avaliar se existem impactos sobre seus negócios e terceiros, e determinar as medidas a serem tomadas". Também diz que manterá o mercado informado dos desdobramentos deste evento.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Filmes retratam Natal à brasileira e abrem caminho para produções do gênero


Os pioneiros 'Dez Horas Para o Natal', 'Tudo Bem No Natal Que Vem' e 'Liga do Natal - Uma Aventura no Rio' estreiam nesta semana
Por ESTADÃO CONTEÚDO
03/12/20 - 09h24
https://www.otempo.com.br/

Luis Lobianco e Giulia Benite em cena de "Dez Horas para o Natal"

Foto: Paris Filmes/divulgação

Filme "Tudo Bem no Natal que Vem"

Foto: Netflix/divulgação

Cena do filme "Liga do Natal - Uma Aventura no Rio"

Foto: Divulgação

Altas temperaturas, shoppings lotados, arroz com passas, panetone, o tio do "é pavê ou pacomê". Definitivamente, o Natal no Brasil não lembra em nada as celebrações típicas retratadas nos filmes norte-americanos, com muita neve, Jingle Bells e casas enormes com fachadas iluminadas.

Clássicos como "Esqueceram de Mim", "A Felicidade Não Se Compra", "Grinch", até "Duro de Matar", entre tantos outros, fazem parte da memória afetiva do público brasileiro há gerações. O cinema nacional nunca, de fato, se enveredou por esse gênero. Este ano, no entanto, diversas produções investem em histórias natalinas com o jeito brasileiro de comemorar a data.

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E os filmes pioneiros estreiam nesta quinta-feira (3): "Tudo Bem No Natal Que Vem", com Leandro Hassum, entra no cardápio da Netflix, enquanto "Dez Horas Para o Natal", com Luis Lobianco, chega às salas de cinema.

"Tudo Bem No Natal Que Vem"


É interessante perceber que "Tudo Bem No Natal Que Vem" e "Dez Horas Para o Natal" têm muitas similaridades: são comédias leves, divertidas, mas recomenda-se assisti-las com lencinhos para enxugar as lágrimas nos momentos mais emocionantes; as histórias giram em torno da figura do pai, mas preste atenção: os filhos desempenham papéis fundamentais nas tramas; há separação dos casais principais; e a jornada dos personagens vem carregada de mensagens que são reveladas no final.

Filme nacional de Natal da Netflix, "Tudo Bem No Natal Que Vem" conta a história de Jorge (Hassum), casado com Laura (Elisa Pinheiro), pai de dois filhos e que mora no Rio. Ele detesta o Natal, porque faz aniversário no dia 24, e, por isso, a vida inteira ganhou só um presente e nunca conseguiu fazer festa com os amigos, porque eles estavam comemorando a data com suas famílias. Numa noite típica natalina em sua casa - com muita comida, presentes e discussões entre parentes -, Jorge é obrigado a se vestir de Papai Noel e cai do telhado. Depois daquele incidente, ele acorda na véspera de Natal do ano seguinte e se dá conta que não lembra de nada do que viveu naquele ano. E está condenado a passar por isso ano após ano.

Difícil não se lembrar de "O Feitiço do Tempo" ou "Click", mas o roteirista Paulo Cursino diz que não há referências específicas no filme. "Eu queria fazer uma história a partir de uma coisa muito brasileira, um comentário que as pessoas fazem todo final de ano: ‘eu não vi esse ano passar’. E se a pessoa não visse o ano passar, não lembrasse de nada dos outros 364 dias? Uma brincadeira com perda de memória. Essa ideia me persegue há muito tempo", conta Cursino, que volta a trabalhar com Hassum e o diretor Roberto Santucci - o trio fez sucesso no cinema com filmes como "Até Que A Sorte nos Separe" e "O Candidato Honesto".

"O Natal brasileiro é Roberto Carlos, é Simone, é família brigando. Então, isso que traz a identificação. Tenho predileção pelo humor de identificação. Bato muito nessa tecla, porque o brasileiro está precisando se identificar com as coisas", diz Hassum, que comemora o fato de o filme poder ser visto na plataforma de streaming em 190 países.

"Além de divertir muito, faz pensar: preciso valorizar os momentos, minha família, olhar para as pessoas próximas. A gente tem uma participação especial do Daniel Filho, que faz meu pai, e ele fala para mim: ‘A vida é um sopro, meu filho’. E essa frase neste ano de 2020 ficou muito comprovada."

"Dez Horas para o Natal"



Com direção de Cris D’Amato, "Dez Horas Para o Natal" também trabalha nesse campo da identificação. Em São Paulo, o Natal na casa dos Silva era uma alegria até Marcos Henrique (Luis Lobianco) e Sônia (Karina Ramil), pais de três filhos, decidirem se divorciar. As celebrações natalinas passam a não ser mais as mesmas. Para uni-los de novo, as crianças (entre elas a atriz Giulia Benite, de "Turma da Mônica - Laços") planejam um Natal especial e vão sozinhas à 25 de Março.

Após descobrir o paradeiro dos filhos, Marcos Henrique acaba embarcando no plano. Eles têm apenas dez horas para conseguir erguer essa festa e convencer a mãe a participar dela. Mas, claro, encontrarão (muitos) obstáculos. "Todos os elementos de filmes de Natal, a gente tentou incluir no nosso roteiro. A gente estava filmando em julho. Aproveitei o frio, porque acho que a gente tem essa noção do frio, da neve no Natal. Há os elementos nacionais também, a gente foi para a 25 de Março", conta a diretora. "Tentei fazer um filme tipicamente brasileiro em São Paulo, mas com alguma memória dos filmes que eu já tinha visto."

Para Lobianco, foi uma experiência inusitada protagonizar um filme de Natal. "Nunca imaginei que isso fosse acontecer, porque é uma referência muito forte, mas sempre vinda de fora. A gente não tem filme de Natal brasileiro. E quando fui convidado, achei incrível, porque é essa atmosfera, mas para falar de amizade, de solidariedade, de amor, de responsabilidade dos pais", diz o ator.

E por que o Brasil não tem uma tradição de filmes natalinos? Para Lobianco, não é pelo tema, mas porque o cinema nacional sempre foi pouco incentivado. "Para dar conta de todas as histórias, todas as narrativas, leva um tempo", diz ele. Na opinião do roteirista Paulo Cursino, o cinema brasileiro "não pensa em público, não pensa em mercado". "As pessoa gostam de histórias de Natal", ressalta ele.

"Liga do Natal - Uma Aventura no Rio"



Primeira série natalina, "Liga do Natal - Uma Aventura no Rio", que estreia no sábado (5), às 14h, na InterTV (afiliada da Rede Globo) e no YouTube, transporta o Papai Noel e sua família do Polo Norte para o Rio. Eles se refugiam no Brasil para fugir da Liga AntiNatal e fazer os preparativos para a festa em paz.

"O maior desafio foi trazer o Natal para o Rio de Janeiro sem perder a mágica. A equipe de produção encontrou uma casa maravilhosa em Santa Teresa", conta a diretora de conteúdo e roteirista, Bia Rosenberg. "Os figurinos foram adaptados para o calor - menos o do Boneco de Neve, claro. Usamos frutas tropicais e pratos tradicionais brasileiros. E os episódios foram abrilhantados por diferentes estilos musicais, contando com um bloco carnavalesco (o Bloco das Renas), que mistura Natal e carnaval. Mais brasileiro, impossível."

A série educativa é estrelada ainda pela Mamãe Noel negra, interpretada por Verônica Bonfim. "Só podemos transformar nossas realidades, mudar o mundo, se formos exemplos de respeito à diversidade e garantindo a representatividade em todas as instâncias da construção do projeto, de dentro para fora", afirma a idealizadora do projeto, Priscylla Mesquita. "E fazer a virada de chave neste ano tão emblemático, com o nosso Natal tropical, atualizando a tradição, trazendo a primeira Mamãe Noel negra da história, a cara do nosso país, era um ponto fundamental para dar a partida no projeto em 2020."

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Twitter irá banir conteúdo que 'desumaniza' com base na raça ou etnia



A mudança anunciada pela plataforma de mensagens é a mais recente para refinar sua definição de conteúdo abusivo e prejudicial
Por AFP
02/12/20 - 20h05
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Foto: Leon Neal/AFP


O Twitter anunciou nesta quarta-feira (2) que está expandindo sua definição de conteúdo de ódio para proibir linguagem que "desumaniza" as pessoas com base em raça, etnia ou nacionalidade.

A mudança anunciada pela plataforma de mensagens é a mais recente para refinar sua definição de conteúdo abusivo e prejudicial que levou a uma reação contra as redes sociais.

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O Twitter disse que a atualização mais recente é baseada em 'feedback' dos usuários, uma vez que publicou regras ampliadas sobre conteúdo de ódio em 2019.

"Embora encorajemos as pessoas a se expressarem livremente no Twitter, o abuso, o assédio e a conduta odiosa continuam a não ter lugar em nosso serviço", afirmou uma postagem no blog da equipe de segurança do Twitter.

"Hoje, estamos expandindo ainda mais nossa política de conduta odiosa para proibir linguagem que desumanize as pessoas com base na raça, etnia ou nacionalidade".

O Twitter disse que removeria tuítes ofensivos quando fossem denunciados e ofereceu exemplos como a descrição de um determinado grupo étnico como "escória" ou "sanguessugas".

"Se uma conta violar repetidamente as regras do Twitter, podemos bloquear ou suspender temporariamente a conta", alertou a rede social.

O Twitter e o Facebook intensificaram a aplicação de políticas contra conteúdo prejudicial e de ódio durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, em muitos casos limitando o alcance dos comentários do presidente americano Donald Trump.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Instituto da Fiocruz fornece novo remédio para doenças reumatológicas ao SUS


Chamado golimumabe, o remédio é utilizado por 11 mil pacientes em todo o país
Por AGÊNCIA BRASIL
30/11/20 - 11h06
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Antes de ser fornecido por Bio-Manguinhos, o medicamento era adquirido da Janssen pelo Ministério da Saúde

Foto: Erasmo Salomão/MS



O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) começou em outubro a fornecer um novo medicamento contra doenças reumatológicas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Chamado golimumabe, o remédio é utilizado por 11 mil pacientes em tratamento de artrite reumatoide, artrite psoriásica, espondilite anquilosante e espondiloartrite axial não radiográfica.

O início da produção do medicamento em Bio-Manguinhos se deu por uma parceria com a farmacêutica Janssen, detentora da tecnologia do produto, e a Bionovis, formada por uma joint venture entre os laboratórios Aché, EMS, Hypera Pharma e União Química. Esse acordo prevê a transferência total do conhecimento, tecnologia de produção e célula-mestre do golimumabe, que é um medicamento biológico.

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Antes de ser fornecido por Bio-Manguinhos, o medicamento era adquirido da Janssen pelo Ministério da Saúde. Com a transferência de tecnologia e a produção na Fiocruz, haverá uma queda gradual do preço, explica o tecnologista em Saúde Pública Hugo Defendi, da Divisão de Novos Negócios do Departamento de Relações com o Mercado de Bio-Manguinhos.

"Um outro ganho indireto é que os concorrentes que também estão ofertando o produto acabam também baixando os preços", afirma Defendi, que descreve o golimumabe como uma boa opção terapêutica. "Ele tem um bom perfil de risco e benefício, causa poucos eventos adversos, efeitos colaterais, e isso é uma grande vantagem, porque ele tem uma eficácia muito boa".

Para o tratamento das quatro doenças reumatológicas, Bio-Manguinhos também fornece ao SUS os biofármacos infliximabe e etanercepte. Além disso, o instituto também passou a produzir este ano o medicamento rituximabe, para artrite reumatoide.

Além da maior acessibilidade dos usuários do SUS ao medicamento, Hugo Defendi destaca a importância de incorporar a tecnologia de produção à estrutura pública da Fiocruz

"Bio-Manguinhos vai ter acesso a essa tecnologia, vai poder internalizar isso dentro das nossas fábricas e isso é um grande ganho tecnológico".

Doenças

As enfermidades para as quais o golimumabe é indicado pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde são doenças inflamatórias crônicas.

A artrite reumatoide atinge entre 0,5% e 1% da população mundial e brasileira e é mais frequente em mulheres, na faixa etária de 30 a 50 anos. A inflamação crônica causa dor e edema nas articulações de mãos e pés, além de rigidez matinal, levando a dificuldade de movimentação devido a artrite/sinovite das articulações.

A artrite psoriásica tem uma prevalência de 0,3% a 1% da população mundial, mas esse percentual sobe para 6% a 41% entre as pessoas com psoríase. No Brasil, a prevalência entre as pessoas que tiveram ou têm psoríase chega a 33%. A doença causa acometimento da pele (psoríase), unhas, articulações periféricas, do esqueleto axial, inflamações da ênteses (tecido conjuntivo entre o tendão e osso) e inflamação dos tendões em toda a sua extensão, o que leva a um edema no dedo como um todo.

Já a espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que acomete preferencialmente a coluna vertebral, podendo causar rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial. O pico da incidência é nos homens dos 20 aos 30 anos, especialmente em portadores do antígeno HLA-B27, o que representa cerca de 60% dos pacientes no Brasil. A doença se manifesta por meio de sintomas como dor lombar inflamatória e sintomas periféricos, como artrite, entesite e dactilite.

sábado, 28 de novembro de 2020

Suspeito de invadir site do TSE é preso em Portugal e PF cumpre mandados em MG



Inquérito policial aponta que um grupo de hackers brasileiros e portugueses foi responsável pelos ataques criminosos aos sistemas do TSE durante o primeiro turno das Eleições de 2020
Por DA REDAÇÃO
28/11/20 - 12h47
https://www.otempo.com.br/

Os investigados estão sendo ouvidos na delegacia de Polícia Federal em Montes Claros

Foto: Imagem de Arquivo/Agência Brasil



A Polícia Federal, numa operação conjunta com a polícia portuguesa, prendeu na manhã deste sábado um dos suspeitos de ter invadido o site do Tribunal Superior Eleitoral. A informação é da CNN.

Além da prisão em Portugal, a PF também cumpriu três mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e São Paulo, todos autorizados pela Primeira Zona Eleitoral do Distrito Federal.

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Nenhum dos suspeitos teve a identidade revelada e outros detalhes da operação devem ser divulgados ao longo do dia.

A Polícia Federal, em parceria com a Polícia Judiciária Portuguesa – Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica - apura o acesso ilegal aos dados de servidores públicos divulgados no dia 15/11, além de outras atividades criminosas do grupo.

Os crimes apurados no inquérito policial são os de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal; além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições (9.504/97).

Não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação.